Fonte: http://leblogdoperol.com/2015/10/19/em-paris-o-novo-museu-do-homem
Um dos museus preferidos das famílias parisienses, o Museu do Homem, reabriu esse final de semana depois de seis anos e 92 milhões de euros de obras. Frente a Torre Eiffel, atrás da faixada “art deco” do Palais de Chaillot, o novo museu foi não somente completamente renovado mas também reinventado.Palácio do Trocadero Ainda fiel a sua história de museu-centro de pesquisa, que foi escrita com colaboradores famosos incluindo o brasilianista Claude Levi-Strauss, ele consegue agora ser lindo, luminoso, atrativo, pedagógico e interativo. E quer dividir com o público as mais recentes descobertas científicas numa apresentação high tech, abaixo do seu famoso domo de vidro de 1878, obra de Davioud herdada do antigo Palácio do Trocadero.
As exposições permanentes ficam na Galeria do Homem, uma sala de 2500 metros quadrados cujas janelas abram sobre a Torre Eiffel. 1800 peças são expostas ao público, muitas delas pela primeira vez, com recursos técnicos facilitando a compreensão e a interatividade: telas numéricas, vídeos, fones de ouvidos, filmes e documentários, experiências sensoriais incluindo até o cheiro duma fogueira pre-histórica … CycloNo “Cyclo”, uma tela gigante de nove metros de altura mostra a progressão do impacto humano sobre o planeta e a evolução dos recursos naturais. A peça mestre do novo museu é uma escada metálica de 19 metros de comprimento e 11 metros de altura – o “grand portant”- carregando 91 bustos de gesso ou de bronze realizados no século XIX para mostrar a diversidade da humanidade. Encontra-se desde o Sied Enkes, ex escravo sudanês, até a esquimó Eleonora Elizabetta Propulsor aos caprinos selvagensAsenat ou um reitor da universidade de Copenhague. Para seduzir os visitantes, o novo museu abriu os seus tesouros científicos escondidos. Na semi escuridão da Sala dos Tesouros são expostas quatro peças valiosíssimas: a Vênus de Lespugue, estátua de marfim de mamute de 23.000 anos, o propulsor dos caprinos selvagens, arma de 16.000 anos, o mamute da Madeleine, velho de 12.ooo anos, e o bastão furado de Montgaudier, esculpido em chifre de renas.
Um museu de última geração não pode hoje esquecer de ser lúdico, mesmo quando se trata da diversidade humana e dos 7000 idiomas falados no planeta. Numa parede coberta de tapete vermelho, trinta línguas podem ser acionadas pelo visitante para escutar mensagens em tamul, britão, tunumiisut, yiddish ou outros idiomas raros. vitrine_des_animaux_des_plantes_des_societes. Algumas das vitrines dão também a prioridade a critérios artísticos e não somente científicos. Podem assim ser vistos juntos o crânio do filósofo Descartes (morto em 1650), o esqueleto dum chimpanzé dissecado em 1750, uma pintura de aborígines australianos, uma mesa chinesa, uma cadeira de chefe da Papuásia e uma mascara Lipiko da Tanzania.
Fonte: http://leblogdoperol.com/2015/10/19/