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Inhame: Um alimento medicinal, cheio de propriedades e usos

22/04/2016 12h34 | Atualizado em: 22/04/2016 12h41

Que o seu alimento seja o seu remédio! Esse é um sábio princípio da medicina naturalística que entende o indivíduo, ser humano, como parte da natureza. Enquanto os seres humanos mantêm íntima ligação com a natureza, portanto, com a terra e as águas, produzindo seu alimento de forma sadia, seu corpo também se manterá em equilíbrio nessa troca simbiótica de energia.

Mas, na vida moderna o ser humano está muito distante dos meios naturais, tanto na sua vida cotidiana, que agora se dá em cidades de concreto superpopulosas, quando no que respeita às águas que toma, já não tão puras, como as que antes vinham das nascentes, agora repletas de químicos de tratamento para torná-la potável, como também quanto ao próprio alimento que ingere, carregado de químicos usados na agricultura intensiva, conservantes, hormônios e outros aditivos antinaturais, porém de interesse da indústria alimentar.

Assim, todo esforço é bem vindo para reaprendermos como ter uma vida mais saudável e equilibrada, que proporcione saúde, bem-estar e alegrias simples.

E aí está o inhame (Colocasia esculenta), essa batata peluda e feinha, um tubérculo muito conhecido de povos indígenas da África, de onde é originário, mas também muito usado por povos indígenas de todos os continentes.

Propriedades Terapêuticas do Inhame

E este é um alimento medicinal dos mais fantásticos, diz Sonia Hirsch em seu livro “Boca Feliz & Inhame Inhame”, acrescentando que este tubérculo faz com que todas as impurezas do sangue saiam através da pele, dos rins, dos intestinos.

Não se deve esquecer de que, no começo do século XX já se usava o Elixir de Inhame na cura da sífilis. No mesmo livro, de receitas maravilhosas, afirma a autora que o inhame fortalece o sistema imunológico e que, a medicina oriental recomenda o uso do inhame para fortificar os gânglios linfáticos (repare que a forma do inhame é muito parecida com a dos gânglios, pode não ser por coincidência). Quanto aos efeitos do inhame nas prevenções e tratamentos de malária, dengue e febre amarela, têm se a evidência de que a alimentação com inhame permite que o corpo humano reaja neutralizando os agentes causadores dessas doenças, quando somos picados pelos mosquitos transmissores. Depois que as roças de inhame foram substituídas por outros plantios, diz Sonia, aldeias inteiras sucumbiram de malária.

Esse tubérculo pode ser comido cru, cozido, frito, assado, em sopas ou purês, ou em pirão feito com a sua farinha, acompanhando tudo, de verduras a peixes, ou sozinho, com manteiga ou mel. Até bolo se faz com inhame, e pão, deliciosos. É de suave consistência e digestão leve, adequado a crianças pequenas e idosos, por essas suas qualidades. E tem valor nutritivo muito maior do que as batatas.

Então, sempre que possível, substitua, com vantagens, a batata pelo inhame. E quem diz inhame, diz também cará, inhame do norte, que são ótimos alimentos apesar de não terem o mesmo poder curativo do inhame pequeno cabeludo.

Diversos Usos para o Inhame

E não só para comer serve o inhame, pois também se faz com ele um emplastro muito bom para “puxar tudo” desde cacos de vidro até verrugas, unhas encravadas, espinhas, farpas e quistos sebáceos e furúnculos.

Tem poder desinflamatório e pode ser usado em hemorróidas, apendicites, artrites, reumatismos, sinusites, pleurisias, nevralgias, neurites e eczemas. Com esse emplastro também se eliminam sangue pisado de contusões, abcessos e tumores. Em fraturas ou queimaduras, pode ser usado de imediato, para evitar o inchaço e da dor. Também serve para baixar a febre. No caso de tumor que será operado, vale a pena usar o emplastro de inhame durante uma semana antes da cirurgia, pois ajuda a concentrar toda a massa tumoral facilitando sua total retirada.

Fonte: Green Me

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