A iniciativa é inovadora. A ideia é investir em um carvão vegetal à base de biomassa sustentável, renovável, gerado de forma eficiente e com nível de custo competitivo em relação ao carvão mineral. Além disso, essa atitude é considerada estratégica para o Brasil por auxiliar no cumprimento das metas e compromissos assumidos pelo país na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), em dezembro de 2015, em Paris.
O projeto Siderurgia Sustentável em Minas Gerais visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa do setor de ferro e aço no estado por meio do desenvolvimento e demonstração de tecnologias limpas para a produção de carvão vegetal. Resultado de parceria entre Pnud e ministérios do Meio Ambiente (MMA), Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Governo de Minas Gerais, a iniciativa inédita conta com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).
“A expectativa é elaborar um diagnóstico do atual cenário de produção do carvão vegetal e desenvolver modelos de negócios eficientes. Com isso, poderemos fazer a promoção internacional dos produtos verdes da cadeia siderúrgica de Minas Gerais e reduzir os impactos ambientais e climáticos”, explica o chefe da Assessoria de Relações Internacionais do Governo de Minas Gerais, Rodrigo Perpétuo.
O projeto-piloto, executado em Minas Gerais, deverá expandir-se para outros estados do país e outros setores da economia. “Estamos olhando para frente. Temos que começar a contribuir agora para alcançar as reduções que almejamos em longo prazo”, defende Adriano Santhiago de Oliveira, do Ministério de Meio Ambiente.
“O setor de siderurgia tem uma oportunidade de reduzir as emissões e ganhar em eficiência. É nesse sentido que estamos trabalhando. É um projeto muito positivo para o lado ambiental e industrial”, complementa Demétrio Florentino Filho, do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
No início de junho próximo, o Pnud organizará o primeiro seminário técnico do projeto em Belo Horizonte, com o objetivo de apresentar tecnologias que devem ser aplicadas durante a implementação.
Fonte: PNUD Brasil