Pesquisadora testa abacaxi sem agrotóxico (Foto: Divulgação/UFT)

Um abacaxi sem agrotóxicos e com o mesmo sabor do que é vendido no mercado. Esse é o objetivo da pesquisadora Camila Martins Malta, 27 anos, da Universidade Federal do Tocantins. Durante um ano e seis meses, ela testou o plantio do fruto sem usar inseticidas. Segundo ela, os resultados foram bons. Como parte do experimento, ela vendeu abacaxi a R$ 1.

A venda foi na manhã desta quarta-feira (15), no câmpus da UFT, em Palmas. Em menos de uma hora, os mais de 600 abacaxis foram comprados. A comercialização é para divulgar o produto e ajudar instituições. O dinheiro arrecadado será convertido em leite e doado.

Camila fez graduação e mestrado na UFT e agora participa de um projeto de doutorado. O professor Raphael Sanzio Pimenta, orientador dela, explica que um dos objetivos desta tese é reduzir ou eliminar o uso de agrotóxicos na cultura do abacaxi.

“A Camila fez experimentos no campo substituindo agrotóxicos por metodologias mais seguras que garantam a proteção do fruto contra doenças de maneira que não façam mal para a saúde”.

Para fazer os experimentos, ela fez um acordo com um produtor rural de Miranorte. "Ele nos cedeu parte da plantação. Pegamos o abacaxi dele, que é mais comercial e com agrotóxico, e comparamos com o nosso, sem agrotóxico e com produtos biológicos", conta.

A pesquisadora ainda vai tabular os dados coletados nos experimentos. Mas, ela já adianta que os resultados alcançados foram positivos.
"Esta é a nossa segunda colheita. Considerando os resultados da primeira, podemos dizer que os abacaxis sem agrotóxico têm os mesmos parâmetros comerciais dos outros e não perdem o saborl. Alguns dizem que é até mais docinho", conta sorrindo.

O abacaxi sem agrotóxico tem o mesmo tamanho do outro. Como não se usa inseticidas a tendência é que ele seja mais caro no mercado, considerando que "entraria na linha dos produtos orgânicos, mas para a produção penso que seja mais barato", diz a pesquisadora.

Mais de 600 abacaxis foram vendidos a R$ 1, cada (Foto: Divulgação/Camila Martins)

Fonte: G1