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Start-up usa mandioquinha para criar cerveja artesanal sem glúten

26/10/2016 09h40 | Atualizado em: 26/10/2016 09h45

Água, malte de cevada, mandioquinha, lúpulo e levedura são os ingredientes
Água, malte de cevada, mandioquinha, lúpulo e levedura. Com esses ingredientes, chega ao mercado nesta semana a Capitu Diadorim, uma cerveja sem glúten que usa a mandioquinha em sua formulação para substituir o açúcar tradicionalmente incorporado às cervejas belgas para aveludar e deixar a bebida mais seca e leve.

"Foram quase dois anos de testes até chegar a um produto sem conservantes nem aceleradores de fermentação e maturação", afirma Elen Nogueira Lima, 48 anos, que ficou conhecida nacionalmente em 2014 ao criar uma baguete sem glúten para o seu filho adolescente diagnosticado, assim como ela, com doença celíaca.

Agora, em parceria com a start-up Capitu, do mestre cervejeiro Frederico Ming, 41 anos, a psicanalista especialista em transtornos alimentares e agora empreendedora lança a marca Better Food For You, "com a missão de inspirar, alimentar e nutrir, para que cada alimento seja uma vivência, uma busca ao encontro com a qualidade de vida e a longevidade".



A produção de cada lote da Capitu Diadorim leva de 27 a 30 dias, usando a capacidade ociosa de outras microcervejarias. "O resultado é uma bebida com um sabor muito parecido com o de uma cerveja artesanal, maltada, com o equilíbrio certo entre o amargo e o doce", diz Ming.

Para Elen, mais do que uma conquista para os celíacos, a união das duas start-ups possibilitou o casamento de alguma ideias e ideais: "Foram várias possibilidades que se abriram com a economia colaborativa e compartilhada. Achei um parceiro que, assim como eu, acredita na fartura e na generosidade dos ingredientes para fazer um produto de qualidade".

Capitu Diadorim, uma homenagem às personalidades fortes das protagonistas de Machado de Assis e Graciliano Ramos, vai custar entre R$ 15 e R$ 18. O logotipo são dois olhos estilizados, "para você imaginar como ela é", diz Ming. "Porque, melhor do que fazer uma caipirinha com os limões da vida, é abrir uma cerveja", acrescenta Elen.

Fonte: Quem Inova