A reprodução desenfreada de algas nas praias mundo afora, causada pelo excesso de CO2 nos oceanos, coloca em risco o equilíbrio do ecossistema marinho. Como se não bastasse, um outro problema assola nossos mares: a quantidade de lixo plástico, que leva centenas de anos para se decompor, só aumenta.
A startup Bloom quer resolver as duas questões de uma vez só, com uma nova tecnologia que consegue transformar as algas marinhas em plástico e espuma. A técnica consiste em retirar cuidadosamente a alga do mar, secá-la ao sol e transformá-la em pó. O resíduo então é derretido e misturado a alguns ingredientes a base de petróleo (sim, nada é perfeito, embora a quantidade seja baixa!), até virar plástico.
Nos últimos dois anos, a empresa tem trabalhado na China, onde o problema da proliferação de algas é grave.: o oxigênio dos oceanos fica limitado, os animais aquáticos acabam morrendo e as próprias algas soltam toxinas quando se decompõem.
“Essa crise é causada por diversas negligências do homem, que não atua para retirar nitrogênio e fósforo das águas, substâncias que são fertilizantes naturais”, conta Rob Falken, fundador da startup. Ele conta que algumas outras empresas já trabalham com um modelo de negócio semelhante, mas não retiram as algas do mar. Pelo contrário, criam novas, geneticamente modificadas, em ambiente artificial. Aí não dá, né?
“Nós já encontramos na natureza mais algas do que precisamos. Na China, o lago Taihu, por exemplo, tem quantidade suficiente para produzir um par de sapatos para cada humano do planeta com o material que produzimos”, garante Falken.
Fonte:
The Greenest Post