Um grupo de pesquisadores das universidades britânicas de Surrey e Bristol, junto com a empresa Augmentend Optics, desenvolveu um supercapacitor capaz de recarregar a bateria de celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos em poucos segundos e por muito mais tempo. O sistema ainda poderia recarregar carros elétricos em poucos minutos.
A tecnologia foi anunciada recentemente pela Universidade de Surrey, no Reino Unido, que colocou a descoberta como algo com poder para revolucionar a indústria. Segundo o informativo oficial, a novidade em baterias é uma adaptação de um princípio usado na fabricação de lentes de contado macias.De acordo com os cientistas envolvidos no processo, os materiais usados são baseados em grandes moléculas orgânicas compostas de uma grande quantidade de pequenas unidades repetidas e ligadas untas, formando uma rede tridimensional.
Supercapacitores já existem, mas eles esbarram em dois problemas: o tamanho, que costuma ser muito grande, pouco prático para o transporte e impensável para usar de forma portátil; e eficiência. Normalmente os supercapacitores têm baixa densidade de energia por quilograma, o que dificulta a competição entre eles e as baterias comuns.
No entanto, a pesquisa mostra que os polímeros tridimensionais podem mudar isso. “Este estudo pode, potencialmente, abrir caminho para nos supercapacitores de alta densidade. Mas, os polímeros também podem ser aplicados em muito outros usos, como no desenvolvimento de tecnologias mais resistentes, de materiais condutores flexíveis, na bioeletrônica, no desenvolvimento de sensores, na ótica avançada e muito mais”, explicou o Dr. Ian Hamerton, professor de Polímeros e Materiais Compostos no Departamento de Engenharia Aeroespacial da Universidade de Bristol.
A ideia é que os supercapacitores proporcionem mais rapidez nas recargas de grande porte, como em carros e ônibus elétricos, e que a energia seja armazenada por mais tempo, aumentando também a duração das cargas. Os supercapacitores 3D podem ser até dez mil vezes mais poderosos do que as baterias existentes atualmente.
Fonte: Ciclo Vivo