Duas décadas e três bilhões de reais. Estes são os números do projeto paulista para a despoluição do rio Tietê. Após tantos anos e tamanho investimento, o resultado ainda é muito abaixo do esperado e a água do rio que corta toda a região metropolitana de SP continua morto.
Conforme reportagem publicada pela Band, em 1993, quando os projetos de limpeza do Tietê começaram, mais da metade da água do rio era considerada inutilizável. A situação teve uma melhoria considerável desde então, com 12% da água permanecendo nestes níveis de poluição.
Toda a área morta do Rio Tietê está concentrada na região metropolitana de São Paulo. E, além do desmatamento da mata ciliar, a principal causa para isso é a falta de tratamento do esgoto que é despejado no manancial. Ainda de acordo com a notícia veiculada no Jornal da Band, a própria capital paulista não dá conta de tratar seu esgoto integralmente. Assim, 52% da água contaminada vai parar no rio.
Os números são ainda piores em cidades que formam a Grande São Paulo. Guarulhos trata 35% de seu esgoto, São Bernardo apenas 16% e Mauá, tem índices piores, com apenas 5% de seu esgoto sempre limpo antes de chegar às bacias hídricas.
De acordo com especialistas, se este cenário fosse modificado e o tratamento de esgoto em todas as cidades por onde o Tietê passa fosse universalizado, a própria natureza se encarregaria de despoluir o rio em apenas cinco anos.
Fonte: Ciclo Vivo