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Bolívia quer produzir toda a comida consumida pelo país até 2020

24/02/2017 17h13 | Atualizado em: 24/02/2017 17h16

A sanção pode tornar o país mais resiliente, reduzindo o desemprego, a fome e a pobreza. | Foto: Fedesam

O Governo da Bolívia anunciou um investimento no ano passado de $ 40 milhões de dólares para apoiar pequenos e médios agricultores na produção de alimentos. A vice-ministra do Desenvolvimento Rural e da Agricultura, Marisol Solano, afirmou que mais de 20 projetos de segurança alimentar já estão em andamento em todo o país, com apoio financeiro até agora destinado à criação de gado e piscicultura, além de aumentar a produção de batatas, tomates, trigo, legumes, café e cacau.

Ao aumentar as capacidades locais, a Bolívia pretende tornar-se inteiramente autossuficiente até 2020. Com um aumento de 25 por cento na produção de alimentos reportado desde 2014 e com o objetivo de manter esta taxa de crescimento para este ano, parece que o país não está tão longe assim de alcançar seu ambicioso objetivo.

Já se baseando na nova sanção, em janeiro deste ano a Bolívia proibiu a entrada de uva de países como a Argentina e Chile, até a colheita da própria vinha da Bolívia. O Serviço Nacional de Saúde Animal e Vegetal e Segurança Alimentar permite suspender as importações para proteger a produção local e nacional.

Reduzir ou interromper as importações não só ajudaria a melhorar os meios de subsistência dos agricultores e empresas locais, mas também reduziria as emissões, ao mesmo tempo em que abordaria questões globais como o desemprego, a fome e a pobreza. Porém, é incerto se o país conseguirá alcançar a soberania alimentar já nos próximos anos e se o programa será bem sucedido.

Fonte: Ciclo Vivo