O Museu do Amanhã venceu, na última quinta-feira, o prêmio internacional MIPIM, na categoria “Construção Verde Mais Inovadora”. Marco da revitalização da Região Portuária do Rio de Janeiro, o museu tem, entre seus diferenciais, a tecnologia empregada na captação da energia solar e o uso das águas geladas do fundo da Baía de Guanabara no sistema de ar condicionado. Os vencedores da edição 2017 da premiação foram anunciados em cerimônia em Cannes, na França.
“Arquitetura e conteúdo, localização no espaço urbano e integração com meio ambiente, tudo neste museu converge para um despertar de consciência sobre como as escolhas feitas hoje, por cada um de nós, impactam num Amanhã comum”, disse Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, instituição responsável pela concepção do Museu do Amanhã.
Criado em 1991, o Prêmio MIPIM é uma competição internacional que seleciona os mais notáveis projetos já construídos ou em fase de construção em todo o mundo. A premiação é realizada durante a feira MIPIM, maior evento do mercado imobiliário do mundo. O Museu do Amanhã concorreu com a sede da Siemens, em Munique; o edifício residencial 119 Ebury Street, em Londres; e a fábrica da Värtan Bioenergy, em Estocolmo.
Durante o MIPIM, os participantes votaram em seu projeto favorito em cada categoria, na Galeria de Prêmios (Awards Gallery). O voto dos participantes representa 50% do total da nota, e se somou ao dos jurados. A cerimônia de premiação foi realizada no Palácio dos Festivais (onde também acontece o Festival de Cinema de Cannes). Com 11 categorias, o prêmio MIPIM Awards 2017 selecionou projetos de 22 países – foram quatro finalistas por categoria.
Em 2016, as diretrizes sustentáveis do Museu do Amanhã também foram reconhecidas com o selo Ouro da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design ou Liderança em Energia e Projeto Ambiental, em português), concedida pelo Green Building Council – principal instituição americana na chancela de edificações verdes. Foi o primeiro museu do país a obter este reconhecimento no segundo mais alto nível de classificação – são quatro: certificado, prata, ouro e platina.
Para a certificação LEED, o projeto e a obra foram acompanhados pela Casa do Futuro, empresa de consultoria especializada em sustentabilidade e novas tecnologias em edificações.
“Estamos muito felizes por mais este reconhecimento que recebemos. A premiação coroa um esforço constante do Museu do Amanhã em aliar inovação e sustentabilidade. Além de incentivar a discussão sobre assuntos como utilização da energia solar e a recuperação da Baía de Guanabara no nosso dia a dia, a intenção desde o inicio era incorporar esses temas ao próprio edifício. E o resultado anunciado hoje mostra que estamos no caminho certo“, comemora Ricardo Piquet, diretor-presidente do Museu do Amanhã.
Com mais de dez reconhecimentos internacionais, o Museu do Amanhã vem conquistando notoriedade global. Em 2016, o “Oscar dos Museus”, prêmio britânico Leading Culture Destinations Awards, elegeu a instituição carioca como o “Melhor Novo Museu do Ano”. O Amanhã também subiu ao pódio com uma medalha de ouro e duas de bronze no International Design & Communication Awards (IDCA), no Canadá.
Fonte: Ciclo Vivo