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Agricultura orgânica em pequena escala é única forma de combater fome no mundo, afirma ONU

03/04/2017 15h31 | Atualizado em: 03/04/2017 15h34

A ideia de que os pesticidas são essenciais para alimentar a população mundial em rápido crescimento é um mito, segundo a ONU. | Foto: iStock by Getty Images

Como acabar com a fome no mundo? Essa é uma pergunta ainda sem resposta que move diversas ideias e projetos. Para a ONU, entretanto, apesar de não ser simples de ser colocada em prática, a solução já é conhecida: o único caminho possível é investir na agricultura orgânica em pequena escala. Ao contrário do que se tem apostado nas últimas décadas para combater este mal.

Os Organismos Geneticamente Modificados (OGM) foram criados com a promessa de ampliar o acesso aos alimentos a toda a população. Além de não ter alcançado esse feito, há muitos questionamentos sobre as consequências de tais organismos na saúde humana.

Mais de 60 especialistas compõem o relatório da ONU, que aponta para a retomada de sistemas de alimentação onde se valoriza os pequenos agricultores locais e pela redução do uso de fertilizantes. O documento ainda faz duras críticas aos pactos comerciais globais que apenas fortalecem as multinacionais incapazes de repensar suas formas de produção.

Intitulado “Acordar antes que seja tarde”, a publicação detalha os motivos pelo qual este tema é tão urgente em suas mais de 300 páginas. “Ao escolher entre diferentes modelos de desenvolvimento agrícola podemos ter impactos diferentes e beneficiar diferentes grupos”, conclui o relatório. Apesar de ter sido publicado há quatro anos o tema ainda é tão atual e mais urgente do que nunca. Inclusive, mais recentemente a ONU voltou a denunciar o mito de que os pesticidas sejam “um mal necessário”.

Um estudo feito pela Universidade Estadual de Washington, EUA, mostrou que a agricultura orgânica pode ser usada para alimentar de maneira eficiente toda a população mundial.

Fonte: Ciclo Vivo