Competindo com equipes dos Estados Unidos, Austrália, China, México, Japão e de outros países, quatro alunos do segundo ano do ensino médio integrado ao curso técnico em mecatrônica e um de engenharia elétrica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFTO), de Palmas, estão entre os dez finalistas de uma competição mundial de robótica, a Robocup 2017. Porém, a Equipe Gênesis, nome que utiliza na competição, se depara com uma grande barreira para defender seu projeto na etapa final da Robocup 2017, que acontecerá em Nagoya, no Japão: a falta de dinheiro para as passagens e hospedagens.
Arthur Barreto, Samuel Rodrigues, Itair José Manoel Neto, de 18 anos, Victor Hugo Igino, de 16 anos, e Maria Cristina Kalil, de 15 anos, formam a equipe, e construíram, com a ajuda do professor de mecatrônica Wendell Costa, o robô Peste Negra e, para conseguir participar da competição, estão buscando doação para o custeio da viagem para os seis, no período de 27 a 30 de julho deste ano.
“Pegamos ofícios com o IFTO e saímos batendo de porta em porta no Centro. Em um dia, eu consegui arrecadas apenas R$ 75 dessa forma”, conta o aluno Itair, ressaltando também que aguarda resposta para ajuda de algumas empresas da Capital e de órgãos públicos.
Como cada passagem custa cerca de R$ 6 mil, os alunos também resolveram pedir ajuda na internet em uma “vaquinha” online. “Com a vaquinha, conseguimos arrecadar R$ 330, e tem R$ 80 em boleto pendente”, completa Samuel. O objetivo da vaquinha é arrecadar R$ 50 mil, valor que cobriria as passagens e hospedagens de todos.
Caso não consigam o valor para todas as passagens e outros custos, os alunos correm o risco de perder a competição, porque é necessário que estejam presentes o professor e, no mínimo, três alunos. Segundo o professor, a instituição oferecerá sua passagem e hospedagem, e mais uma passagem para um aluno. Porém, os custos com hospedagens do aluno não podem ser pagos. “É uma conquista muito importante para o Estado, foi um esforço grande dos alunos, até porque não é barato fazer um robô. Mas entendemos que a situação atual não é boa”, completa Wendell, falando da dificuldade financeira do país e das instituições, o que impossibilita o custeio para participar da competição.
Para ajudar basta acessar a página da vaquinha online. É possível ajudar a Equipe Gênesis também pelo Facebook
Projeto
Na Robocup 2017, o robô Peste Negra terá que falar após reconhecer um QR – código e andar por terrenos hostis, que são suas funcionalidades. A Equipe Gênesis já conquistou a quarta colocação na Competição Latin American Robots, que aconteceu em Recife (PE), em 2016.
Robô foi programado para leitura de QR-Codes e explorar terrenos