Notícias

Google Earth lança conteúdos inéditos e interativos sobre a Amazônia

12/07/2017 16h18 | Atualizado em: 12/07/2017 16h29

Ubiratan Suruí mostra terras demarcadas de sua tribo e o desmatamento à sua volta. | Foto: Mayra Rosa / CicloVivo

Nesta terça-feira (11), o Google, através de sua nova plataforma Google Earth, lançou 11 histórias interativas, que trazem uma experiência detalhada, contemplando desafios e ameaças ao ecossistema da Amazônia. Algumas delas foram produzidas por Fernando Meirelles, um dos maiores diretores de cinema do Brasil.

“O Google Earth é uma ferramenta que permite que você explore, aprenda e descubra histórias e informações e adquira conhecimento sobre nosso precioso planeta e sobre todos os que vivem nele”, disse a diretora do Google Earth, Rebecca Moore, durante o evento de abertura. “Vivemos em um momento no mundo onde as pessoas estão cada vez mais polarizadas. Precisamos encontrar maneiras de construir pontes de comunicações entre pessoas de diferentes crenças, com histórias que toquem seus corações”, acrescentou Rebecca.

Como tudo começou

O interesse do Google em contar as histórias dos povos da Amazônia surgiu há dez anos atrás, quando o Chefe Almir Suruí, pertencente a tribo Paiter Suruí, bateu à porta do escritório Google Brasil, em São Paulo, vestindo seu cocar, e pedindo para ser atendido. Chefe Almir pediu ajuda para frear o desmatamento na Amazônia.

O líder indígena se incomodava bastante ao olhar o mapa da Amazônia no Google e não ver nada por lá, como se fosse uma página em branco, como se eles não existissem. A realidade é que 25 milhões de pessoas de uma vasta diversidade cultural vivem ali, e estas pessoas também querem ser vistas. Assim, depois de muita conversa e do envolvimento de diversos outros parceiros os resultados começaram a surgir. Eles mapearam toda a reserva e diversas referencias, tanto de localização como culturais, foram inseridas no mapa.

Após este feito, a tribo conseguiu documentar e certificar suas terras para a venda de crédito de carbono, que acabou gerando uma renda extra e sustentável para a tribo. Com o sucesso do Chefe Almir, outras tribos e comunidades o procuraram se interessando pelo modelo, que se espalhou por toda a Amazônia e resultou na demarcação via Google Earth de quase todos os territórios indígenas e quilombolas da Amazônia.



Google Earth: Eu Sou Amazônia

Cada história do projeto Eu sou Amazônia captura a complexidade da floresta que produz 20% do oxigênio do planeta e abriga uma em cada 10 espécies de animais. É possível conhecer a cadeia de produção de iguarias da floresta, como a castanha-do-pará e o açaí, ou descobrir como comunidades, que antes dependiam da extração ilegal, agora se reestruturaram com esforços sustentáveis.

A nova experiência mostra o cotidiano dos Quilombolas, conta como a educação e a cultura reergueram diferentes povos e o papel da tecnologia na Amazônia, ampliando essas vozes para o mundo todo e abrindo a possibilidade para que qualquer pessoa, de qualquer lugar, possa se informar e aprender mais sobre a maior floresta tropical.

Na seção Viajante, os povos da Amazônia compartilham suas vivências em um formato rico e interativo. É uma jornada profunda contada por meio de vídeos, mapas, áudios e realidade virtual em 360°.
 


 
O conteúdo está disponível para desktops e dispositivos móveis em g.co/EuSouAmazonia. Alguns vídeos também foram publicados no canal do Google Brasil no Youtube (veja aqui).

Fonte CicloVivo