O Bisfenol A (da sigla em inglês BPA) é um poluente encontrado em diversas embalagens plásticas utilizadas cotidianamente, como potes plásticos, escovas de dente e até mamadeiras. Antes que fossem evidenciados os riscos que tal substância pode acarretar à saúde humana, seu uso foi inserido pelas indústrias e até hoje muitos consumidores desconhecem o potencial cancerígeno. Mas, um grupo de cientistas norte-americanos está buscando maneiras de eliminá-lo defininitivamente.
Por meio de um processo químico simples, barato e seguro, os pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon na Pensilvânia desenvolveram um catalisador químico que pode remover até 99% do bisfenol da água.
“Resolvemos um problema de pesquisa de bilhões de dólares”, disse Terrence Collins, um dos principais pesquisadores que desenvolveram o método. “Este tratamento pode ser feito por qualquer pessoa, em qualquer lugar, em qualquer quantidade de água”.
O método consiste em combinar um grupo de catalisadores chamados ativadores TAML com peróxido de hidrogênio. Juntos e em água com pH neutro, as moléculas de bisfenol se unem formam aglomerados -, e assim são facilmente filtradas. “Você pode tratar dezenas de milhares de toneladas de água com 1 quilograma do catalisador”, explicou Collins. O estudo foi publicado na revista Green Chemistry.
Bisfenol no Brasil
Em seu site, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ressalta que a Organização Mundial de Saúde (OMS) realizou uma reunião, em 2010, com especialistas de vários países, onde foi concluído, entre outras coisas, que o bisfenol só causa problemas em doses elevadas.
Ainda assim, o uso de bisfenol em mamadeiras é proibido no país. “Por precaução, alguns países, inclusive o Brasil, optaram por proibir a importação e fabricação de mamadeiras que contenham Bisfenol A”, afirma o órgão aqui. Entretanto, o uso é liberado para outros utensílios, seguindo limites estabelecidos pela legislação.